A infidelidade é um marco avassalador a
que nem todas as relações resistem. A cada dia vemos mais e mais casais
assumindo o divórcio, tendo como causa a infidelidade conjugal. O
adultério é uma das piores feridas que o ser humano pode carregar pois
fala de traição da confiabilidade. Ao ingressar em uma relação conjugal,
ambos entregam-se por completo, abrindo seus corações, sonhos,
frustrações…
E somente nossos pais nos conhecem melhor que o próprio
cônjuge e aí reside toda questão.
Quando uma
pessoa é traída, ocorre não apenas o ato físico, carnal, mas uma traição
global daquilo que um dia foi um plano de vida onde projetos iniciaram,
se tornando a força motriz apontando para um futuro de felicidade capaz
de caber apenas entre quatro paredes, chamado LAR.
Todos
nascemos e crescemos com a necessidade de pertencer a algo e alguém e
não há uma só pessoa que possua a estrutura emocional total para ser
abandonada, tendo sua vida confiada nas mãos de alguém. Esta é uma das
razões pela qual as mulheres são as que mais sofrem quando estas
tragédias ocorrem. Ela deposita nas mãos do homem toda sua existência e
confia que ele será capaz de cuidá-la, diferente do homem que não confia
sua vida à mulher, mas entrega-se à ela sabendo que precisa cuidar de
sí, sendo o provedor de ambos.
Quem já não
esteve próximo ou acompanhou uma crise conjugal ou divórcio acompanhado
de infidelidade? As partes envolvidas, tanto a vítima quanto o causador
ficam despedaçados. A vítima porque é vítima e o causador porque
contempla a desgraça que criou ou porque não sabe o que fazer com a
confusão de sentimentos interiores e perdido, rende-se ao clima de
‘morte’ que toma conta do ambiente antes chamado de lar, lugar de afeto e
porto seguro. Havendo filhos a situação fica ainda mais difícil porque
não é apenas uma vida que foi completamente traída, mas a família como
um todo e o ‘rombo’ causado, a ferida aberta nem sempre pode ser
consertado ou cicatrizada.
O casamento
não foi projetado para uma dissolução pois é um pacto, uma aliança e
toda quebra de aliança deixa rupturas acompanhada de maldição por
gerações. O casamento não é uma união que aceita ou tolera a
infidelidade das partes. Casamento é um pacto, um acordo entre ambas
partes exatamente disto, de fidelidade, confiabilidade, entrega de um ao
outro na alegria e tristeza, saúde e doença, riqueza e pobreza até que a
morte os separe. Geralmente quando ocorre a infidelidade a pessoa
causadora move-se em desculpas alegando frieza, crises financeiras, etc.
Na verdade uma desculpa precisa ser encontrada para justificar tal ato e
isto não começou a contecer hoje, iniciou-se no Éden quando o homem não
foi homem o suficiente para cobrir sua esposa, precisando indicá-la
como culpada da tragédia que tem nos afetado até hoje.
Não são
poucas as vidas que tem sofrido por este mal que amputa corações,
deixando deficientes homens, mulheres e crianças, mas quero dizer-lhes
que é possível haver uma reconstrução da relação. Nesta hora as verdades
ditas – sem nada a ocultar – poderão servir como remédio para a
possível cura.
“Nesta hora as verdades ditas – sem nada a ocultar – poderão servir como remédio para a possível cura”
“Só ele cura os de coração quebrantado e cuida das suas feridas.” (Sl. 147:3)
Se tomarmos
de volta o controle de nossa vida e a confiarmos totalmente aos pés da
cruz, rendendo-nos ao Senhor, Ele pode curar nossas feridas e
restitiuir-nos a alegria de viver. Tenho acompanhado casos de lares
totalmente reconstruídos, quando ambas partes se propõe a ‘pagar o
preço’ para levantar os muros derrubados por esta avalanche.
Nosso Deus é
Deus de maravilhas e não há impossível para Ele. Milagres ocorrem,
fontes brotam no deserto e rios no ermo quando corações apresentam-se
inclinados à mudança e transformação.
Para isto, é
importante que você jamais ignore ou faça de conta que não está ‘vendo’
a infidelidade por parte do cônjuge e busque um conselheiro, um(a)
Pastor(a) e exponha o quanto antes seu coração e se submeta à instrução
recebida.
Finalmente
lhe digo que: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalha os que a
edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.”
(Sl. 127.1). Perdemos muitos anos da nossa vida trabalhando em vão,
então lhe encorajo a não desperdiçar os restantes preciosos anos da sua
vida tentando, continuando a “fazer tudo sozinho”. Busque a Deus e ao
Seu plano para sua total e completa restauração conjugal e familiar.
Aquele que nos formou é solução para todos nossos problemas!
Deus nos abençoe!
Pr. Vânia Rorato
copiado de: http://vaniarorato.wordpress.com/
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